quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Tudo segue seu rumo



Flutuam no espaço
-- perdidas,
gaivotas de aço.

O espaço infinito perdeu-se
-- também,
por traz do horizonte infinito.

As ondas nubladas
-- de vultos cinzentos,
escorregam,
como se fossem trenós,
debaixo dos lençóis dos céus.

Ziguezagueando,
Resenhas da morte
-- anunciam,
Perdidas no espaço
As gaivotas de aço.

Desenham, a esmo,
os seus titubeios. Será hoje?
Talvez, amanhã!? Não importa!

A porta abriu-se da sorte fatal:
Sem mais delongas,
o discurso acabou(-se)...
Haverá um alguém triunfal?

Dos seres humanos
desedenha-se a vida...
Napalm ilumina as noites escuras.

De fulgor rastejante
os céus se incendeiam. O esplendor
-- como um feixe de raios solares,
com seu brilho fugaz
-- num rastro de rizomas,
faz o coração estremecer!

Haverá vida para viver?

São gaivotas de aço
-- luziluzindo...
Perdidas no espaço;
Flutuam em forma de cruz.
Refletem os raios solares,
ofuscando a própria luz!

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