terça-feira, 20 de agosto de 2013

Leonid Nikolaievych Martynov

Leonid Nikolaievych Martynov
Леонид Николаевич Мартынов (Omsk, 1905-1980)
Entre 1939 e 1945, ele publicou três livros de poesia, mas só se tornou
mais conhecido após a morte de Stalin. De 1955 seus poemas começaram
a ser publicados amplamente em revistas e em forma de livro. Seu estilo é
da velha escola dos anos 1920, com muitas referências locais para a Sibéria.

Tradução do russo por Mykola Szoma
(Земля, 1955) A Terra

Uma
inquietação
não se acalmou ainda --
E prontamente a outra se apresenta,
O mundo, todavia, parece-me mais lindo;
Desejos ainda permanecem
A Terra --
Enfeitada pelas planícies,
Cultivando tablados de dançarinos,
Viadutos dependurados,
Cercados de reservatórios aquáticos,
De espaços atolados de cinzas
e de adubos minerais -fertilizantes;
Traspassada,
ao longo do seu dorso,
pelas contínuas correntes elétricas...

E mais ali,
-- Um deserto
que era ainda ontem,
Terra virgem, das epopéias,
Jázia esquecida -- Redescoberta,
Lavada pelos aguaceiros,
Parece não terminarem
as suas extensões...
E sobre ele
estrelas com estrelas
fazem seus encontros.

O mes de maio se vangloria
O canto dos rouxinóis
corta os espaços.
A Terra, bela e formosa,
Maravilhosa mais se torna!

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