quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quatro paredes


São quatro paredes.
Quatro paredes alinhadas,
Formando um retângulo na base.
Sustentaam um telhado
Envelhecido pelo tempo...
Uma fachada, ostentando ainda:
"Era um templo no passado".
-- Hoje, quase esquecido --
Embora ainda (poucas vezes)
Por saudosistas frequentado.

Quatro paredes, paredes são
E as paredes jamais falam.
Mas, se falassem as paredes,
Diriam elas o que? -- Diriam:
"... outrora fazia-se cultos"
Aqui, entre essas paredes.

Hoje, o desleixo tomou a conta
-- Tombou, entre as paredes,
todos os espaços... Por vezes,
Um "vendaval", de encontros
saudosistas, celebra os feitos
dos "atos" já desfeitos
nos registros memoriais!
-- Chamados de "Atas" gerais...

Ó, saudosistas!
Em vão proclamais.
Os feitos passados não voltam.
Ninguém se lembrará deles,
-- Perdidos que foram os seus
anais... Por entre as paredes,
agora circulam apenas os
ventos. Por vezes, também
As ventanias baloiçam
a poeira dos bancos.

Será que os bancos
-- Um dia, a sua história, sobre
as quatro paredes, aos ouvidos
de alguém contarão?! Lembrei-me:
Os bancos são de madeira...
Portanto, os bancos não falam,,,
Não!

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