terça-feira, 13 de novembro de 2012

Não mais do que tarturfo


Amargurados serão os dia
dos que semeiam as desavenças.
E, não porque são semeadores.
Porque são maus em si --
Em seus propósitoss são maus.
Nada mais fazem que desavenças!

Aos olhos meus,
não há quem deles preste.
Por mais "sensatos" que se pareçam,
sempre serão não mais do que tartufo.
Não passam de Le Tartuffe de Molière.

Costumam ler provérbios dos outros
-- Sobre diversos temas, são mestres
em ditados populares. Do seu em nada
se aproveita... Imitam tudo!
São copiadores exemplares...
Expetaculares em seus manejos casuais
De pronto deitam os inimigos virtuais.
E quem se lhes oponha
não terá tempo --
nem ao menos, de deixar os seus sinais!
No fim das contas, eles são os tais.
Comigo porém, não se faz menos por mais!

Um dia desses, um destes falou-me --
Disse que a vida deu-lhe favores que
-- por razões não sei quais, a mim
por completo negou-me. A sua conta,
das que se chama de conta-corrente,
é mais polpuda do que a polpa do caju.
-- Dei-lhe um sorriso tridente...
E, para não me sentir mais por baixo,
Disse-lhe: Veja! Ainda tenho todos os
meus trinta e dois dentes!
Menos alguns. Os que falta não fazem!
E falo a verdade. Já fiz a triagem.

Meus olhos são puros cristais.
Não são naturais. Já foram trocados.
Enxergam mais longe que os de águia.
-- Oftalmo me disse,
que sairam já da 'forma'
totalmente treinados... E adaptados!
Mesmo sem uma conta-corrente felpuda
os farois do rosto foram reformados.

Tomo banhos quentes fodos os dias --
Também, aos domingos,
aos sábados e aos feriados.
Não pago aluguel
-- Tenho imóvel próprio
Assisto Malafaia
Pela manhã aos sábados;
Pela noitinha "Viola, minha viola".
Todas as tardes da semana
"Gotinha de amor" ao lado do meu Amor.

Ao começar o dia,
ao lado da dona do meu coração --
eu e ela, lemos um texto sagrado. Depois,
elevamos a nossa prece em uma oração.

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