domingo, 18 de novembro de 2012

Ao A. A. Fet


Полонский Яков Петрович (1819 - 1898)
Jakov Petrovič Polonskij
Prosador e poeta russo

Tradução do russo por Mykola Szoma
(Афанасие Афанасьевиче Фет)

Nota:
Poema dedicado ao Afanasij Afanasievich Fet
Афанасий Афанасьевич Фет (1820 — 1892)
Основные темы лиричных стихов Фета — природа и любовь.
Предметом лирики Фета становится душевный мир человека.

A temática básica da poética lírica de Afanasij Afanasievich Fet
-- natureza e amor. O objeto do seu lirismo foi o mundo da alma humana...

Ao А. А. Fet

Não, jamais esquecerei aquela chama de fogo matinal,
A que nós acendemos durante a nossa primeira travessia,
Lá nas florestas, onde cantaram e soluçaram os rouxinois,
E todavia passou o nosso maio -- e terminou seu tempo

Ó, esses rouxinois!.. De quantas bençãos foi aquele ano
Da pátria de viburnos e de abetos foram exilados
Para a terra na qual não há espaços nem para as nevascas.

Ali, onde mais quente é o sul e mais claro é o leste,
Ali, onde as espumas são mais velozes e com murmúrios adocicados
Deslisam silentes por sobre as preciosas pedras dos regatos,
O vento esparrama o perfume das rosas, respirando o aroma,
Enquanto no inverno da nossa primavera esfriou até o vestígio,
Ali -- estão aqueles rouxinois. E com eles, o próprio Fet...

Compreendeu ele em seus momentos de sábedoria que,
Se os anos nos conduzem sempre ao inverno, então
-- Retornos à primavera jamais queiramos ter,
E -- decidiu voar, seguindo os rouxinois.
Eis que me sinto intrigado: Nosso poeta, o rouxinol,
Amante de rosas perfumadas e de suas folhagens,
Encontra-se encoberto. Áquela primavera canta saudações.

Ele venera a beleza e os encantos. É um enamorado
De estrelas e de tempestades, que acorda os sonolentos ares,
E de nuvens cinzas, e daquelas distâncias taciturnas,
Para onde se trasladam os pensamentos, e as consternações,

O bando de fantasmas extravagantes e surpreendentes,
O leve suspiro de rosas perfumosas.
Encantadas meditações as nossas dores não conhecem:
Nem todos os males do dia, nem os pensamentos perturbados,
Nem as preocupações, nem as mentiras,
-- Em relação a tudo exacerbadas,
Nem derrotas, nem virórias.

Sempre aquela chama, que nós um dia acendemos,
Não se apaga nunca para ele e, no crepúsculo do ocaso,
Ele vislumbra da noite os espectros, que conduzirão
A sua sussurrante discussão das matas para o exílio.
Ali miriades de estrelas navegam sem cobertura,
E aqueles rouxinois lá cantam e soluçam suas canções.

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