segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Juramento


Um juramento solene.
Por testemunhas estrelas
Do luar, os raios padrinhos
Da noite escura, horas extensas
mal rabiscados -- sem tinta, serão
-- portadores do texto, os pergaminhos.

Que vige o seu conteudo pra sempre.
De modo perene que seja o seu efeito.
Que tudo, que se concerte agora, jamais
e de modo algum seja desfeito...
Que se faça assim!
Que assim seja por todos aceito!
Assinado... De modo perfeito!

Impávida e a fria noite
mais a lua cheia
A dita senhora dos telhados
Reluzentes vermelho-prateados
Sois o conjunto confidente
mais intimista dos namorados!
Tenhais em suas mãos a chave
do ato deste juramento... Que
ela jamais se perca no
parco ato do esquecimento!

Aqui fizeram-se declarações
Que só somente agora o poderiam ser.
O amanhã não lhes daria o previsível
Talvez, nem mais pudesse acontecer!
O amanhã, um dia apenasmente um dia
Que não teria sua contagem anexada.
-- Talvez pudesse ser até
O fim de uma história terminada...

Dos dois, ela teria sido uma Pepita
Teria um laço de fita cingindo o coração
Norrendo de saudades... Gemendo de dor
Sufocada, perecendo de um extinto amor...
Uma neblina teria coberto todos os espaços
Cinzentas nuvens navegariam por sob os ceus
Enquanto as lembranças se esvairiam todas
Nos dias, que um dia eram e, que agora,
deixaram de serem seus...

Talvez, tivéssemos de novo repetida
a história -- em "slow motion":
Prometeu roubando fogo de Zeus.

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