sábado, 27 de outubro de 2012

Inversão absoluta


A neblina encobriu os espaços
O dia tornou-se opaco. Não há
transparência das coisas...
Os lábios não falam verdades,
Proferem piadas somente, --
Inverteram-se as valorações!
O que deveria ser mais, menos
tornou-se. Menos, vale mais!

Ademais de, a escala, não ser
abolida ainda; Aboliram-se os
méritos da sua mediação...
Os seus últimos suspiros,
os valores humanos exalaram!
Transbordaram-se para outros
espaços. Lá se perderam. Não
mais se encontraram... Cairam
no esquecimento. Faleceram...

Ouço novas verdades.
São verdades de novas mentiras.
Novas falenas, querendo ser --
como se mariposas o fossem. Não
são nem poderão ser. Têem corpo
delgado, de asas frágeis e, de
patas falsas, em pé pretendem
-- sobre ramagens, ríjas estar.
Falsamente, das borboletas
querem as vezes tomar.

Quando pela vez primeira
uma falena avistei,
Pensei que uma borboleta era.
Não acreditei! Em tempos nublados
Borboletas não voam... -- Pensei. E,
Não era... -- Uma falena eu avistei.
Os dias opacos, cobertos de neblina,
confundem demais!.. Talvez
Não o façam aos astutos olhos
dos espertos "homo primitivus nevis".
Não seria da era "dourado-chacal"?

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