sexta-feira, 8 de junho de 2012

Farsantes marsupiais



Covil de feras travestidas
de sombras angelicais...
Sentam-se ao lado
uns dos outros porém,
odeiam-se mutuamente!
E quantos, no mundo, os tem!

São como pedras de granito
que, a simples marteladas,
se desfazem em poeira...


De fortaleza da fé robusta
não se encontra neles
nem mesmo os mínimos sinais.


São coletores de abençoadas
regalias de sacras benesses.
Que seja claro, das materiais!


As outras, se distribuam
aos pequeninos e inocentes --
Não pensantes seres da terra.
Os simples humanos, escolhidos
para serem adeptos do além...
E que não duvidem de ninguém!


Dos miseráveis heróis emergem.
Assim se deu com Jean Valjean
-- Ao condenado ser por roubo,
Tornou-se um provedor astuto.
A vida da cidade fez florescer.
Porém, Javert aturdia lhe o ser.


Não há quem possa não merecer
uma confiança. Ao menos de leve,
percebe-se, a quem se a deve...
De diálogos socráticos se infere
que a verdade só se encontra --
sempre na dúvida que prolifere.


De certas premissas concatenadas,
extraimos conclusões possíveis...
Podem falsas ou verdadeiras serem,
segundo o quê as ambas premissas
-- do silogismo, em si contiverem.
Duvide dos argumento que se fizerem!


Do covil de feras travestidas
de suaves sombras angelicais,
nada espere do que os silogismos
de premissas falsas, que darão
argumentos válidos -- conduzindo
a concluzões falsas e irreais!..


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