segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os luminares são normais

Quando os luminares ascenderam,
Acenderam a sua luz interior...
Parecia que os dois maiores luminares
Por entre as nuvens se esconderam
Para ceder a vez ao brilho destes –
dos sábios mestres da calada silenciosa,
Que por nada do lisonjeio se venderam!


O seu silêncio ofuscante grita mais
que o próprio grito da cruel rudeza...
– Do rude autojulgamento dos incautos
Que se proclamam conhecer a Natureza!
Diante de si e de seus pares se enaltecem...
Querem domar a sombra que desconhecem!
E, nas entranhas suas, aos poucos desfalecem.


Aos olhos seus – um senso intransponível:
Por quaisquer volúpias dos seres mortais,
Nada pode produzir-se de proveitoso...
São todos falíveis... São míseros da fé rivais!
Mesmo os mais lúcidos e probos luminares
Não passam de pacatas sombras dos irmãos.
Mexer com eles, é como espremer um limão!


Porém, em nada se pode os contestar!..
Quando os luminares ascenderam, tudo
em torno deles, iluminou-se e se pôs a luzir.
Começaram-se as luzes e o mundo a florir!..
Até pareceu-me que os dois luminares maiores
No alto, por entre as nuvens se esconderam.
Dos homens as mentes se enriqueceram.



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